quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Rosa dos ventos

Garganta

Sinto uma coceira na garganta. O clima está frio. Temos chuvas em pleno inverno. Que coisa estranha. Até mesmo a natureza parece fora dos eixos. Ultimamente tudo parece fora dos eixos. O mundo, minha casa, minha vida... eu. Quero dizer, não que eu esteja descontrolado, abalado ou coisa do tipo. De modo algum! Sinto-me mais equilibrado do que nunca, mas o mundo e eu... simplesmente não fomos feitos um para o outro. Por isso fora dos eixos. O mundo e eu.

De novo a coceira na garganta... acho que estou gripando. Também pudera! Este tempo louco que tem feito... chuva em pleno inverno! Onde já se viu. E além de tudo, aqui estou, descalço, mal agasalhado. Só podia gripar.

Bendita garganta, que me avisa das imprudências que tenho vivido nesses dias! Os homens deveriam dar mais valor às dores de garganta, nada mais são do que um aviso de que não estão vivendo como deveriam. E deveriam dar mais valor aos pequenos infortúnios e tristezas da vida, pois são eles que moldam nosso caráter. Não as alegrias. Talvez em parte, mas em parte muito menor que as tristezas. E são esses infortúnios e tristezas que nos dizem, como as dores de garganta, que não vivemos da forma pretendida. Pois nos quebrantam e nos fazem cair por terra. Assim como são quebrantadas garrafas velhas somos nós quebrantados. As dores nos derrubam e, como é feito das garrafas, tomam dos nossos cacos e nos reciclam.

...

Maldita garganta, melhor ir me agasalhar...


2 comentários:

Andrea Vaz disse...

Olá...realmente o tempo tá frio mesmo...aqui é minha primeira visita de muitas que virão...Gostei! Visite meu blog... http://rascunhosdeandreavaz.blogspot.com/

JURA disse...

me lembro desse texto, ce me entregou em dsala de aula pra que eu lesse
abraços