domingo, 12 de outubro de 2008

Rosa dos ventos

Briga

E lá se foi o segundo capítulo. Assim como minha dor de garganta. Novamente repito e contradigo a afirmação com que terminei o capítulo anterior: bendita garganta que sarou rápido como adoeceu! Mas, continuando, após ter abandonado o leitor para ir me agasalhar eu decidi sair e dar uma volta. A chuva já tinha passado e um céu escuro e cinza reclamara seu lugar de direito.
Ótimo. Eu precisava caminhar um pouco e não queria tomar Sol, era apenas uma hora da tarde e o Sol desse horário é terrível. Enfim, fui dar uma volta.
Caminhando nos arredores de casa vi uma cena que tocou as profundezas da minha mente e acordou uma conhecida minha que às vezes vem me incomodar com questões deste mundo e coisas afins: a Preocupação.
Um menino e um jovem, aparentemente irmãos, brigavam na rua.
- Ô menino! Vambora!
- Calma, calma! Me espera!
- Espero nada! To atrasado!
- João, a mãe num disse pra você pará de fumá?
- Disse, e daí?
- Então, por que você ta fumando?
- Porque ela é uma puta. E puta sem-vergonha, e a gente não tem que ouvi o que puta fala.
- João! Num fala assim da mãe!
- Falo sim! Ela é uma puta! E você e eu somos uns filhos da puta!
- João, num fala assim!
- Ah, vai chorá é? Olha só, que viadinho! Pára cum isso, muleque! Homi num chora! Pára se não te encho de porrada!
O menino não parou, o irmão encheu ele de porrada e foi aí que veio minha Preocupação conversar comigo.

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